Aquele homem levava uma sereia
No bíceps tatuado
Parecia que estava sempre encantado
Com o canto
Daquele amor oceânico
Terminava sempre suas tardes
Ancorado naquele bar
A olhar o infinito azul
Do mar
Tragar o sol
E seu crepúsculo florido
De cores
Naquela mesa de canto
Parecia cavalgar num hipocampo
Ouvindo as cantilenas
Embriagando-se nas negras melenas
Do seu profundo amor.
Luiz Alfredo - poeta