Poema IV
Envolta no silencio do passado
Que a memoria teima, em perturbar
Vou, tentando, passo a passo
Na alma, minha dor acomodar.
Nas esquinas da minha solidâo
Escuto o eco, das passadas
Outrora. firmemente dadas
Em busca dos caminhos do coração,
Pelas ruas, hoje, de sonhos desertas
A esperança, me acena em despedida
Falando-me, das horas incertas
Para um recomeço de vida.
E, quando mais tarde a noite, em mim,
Se proclamar definitiva
Espero ter coragem de adiar o fim
Que há de vir,sem alardes, sem despedida.