Frio Eco

perdida em meio às sombras

que emanam de meu desejo

cálido e psicótico de viver

adormecida neste sombrio

pesadelo vivo que nos faz viver

como um frio eco

de nossa própria alma.

ao abrigar em minha

congelada alma

o frio eco dos fantasmas

da dor e da tristeza,

a doçura das sombras

a me mergulhar gentilmente

no angélico mundo

dos sonhos mortos

a me chamar à razão,

insana devoção

a devorar meus recônditos

e abençoados pesadelos.

e ao sentir em meu coração,

minha morta conselheira,

a carícia doce das dores

a me dar seu louvor,

frio eco angelical,

pra me acolher em meus

momentos de solidão

e tão gentilmente me oferecer

a escura companhia

ao me ver solitária

no meio da multidão de fantasmas

em que me faço confundir

com cada olhar vazio

a me espelhar a dor.

Karen Samira Yagami
Enviado por Karen Samira Yagami em 17/07/2013
Código do texto: T4392256
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