Das Cores as Flores Ilusórias e Poesia

Das cores da flor noturna

reflexos de mil estrelas

luzindo em minha catacumba,

propagando a sua olência

que é doce qual paciência

suspensa em caules úmidos

pedindo sua clemência

sem medo ou qualquer decência.

Das cores paixões noturnas

dos beijos já insalubres,

das bocas línguas soturnas

e gritos de um perfume

azul como o miosótis

que entrelaçado as nuvens

floresce em amor perfeito

brotando em luz que ressurge.

Das cores flores das ruas

de caules esvoaçados

na alma inerte plantados

esperando absolvição

dos pecados que ao coração

são mais que qualquer flagelo,

são mortes do que é belo

aos olhos que veem além.

Das cores flor pitonisa

de opinião até concisa;

vidente virgem sagrada

profetizando as madrugadas

na morte que realiza

e o homem revitaliza

no ósculo da puritana

que entrega-se a nua cama.

Das flores cor poetisa

em versos obituários

e o cedro que centenário

assiste a destruição

das folhas do meu caderno

levadas pelo inverno

rascunhados lá no inferno

deserto da minha ilusão.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 16/07/2013
Código do texto: T4390489
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