descanso de instantes
a dormência vem
depois da água caída
com aromas absorvidos:
leveza e preguiça
principia a vontade da palavra,
que afaga sem toques
apenas sensação
do aconchego do instante;
segundos sem nada dizer
límpido romance -
das letras, do eu e da tecla
cantando letras sem roteiro,
livre e espontânea criação;
flerte do olhar desatento
fechando pálpebras,
sentindo a brisa do silêncio;
e vai ... e vai...
envolve-se em carinhos
do sono
bem devagar...