A MENINA E O ANJO ALADO
A MENINA E O ANJO ALADO
Ela estava triste e sem motivos para sorrir. Há muito ele não ligava, aliás, estava a evitando e isso machucava seu coração.
A noite estava linda e estrelada e ela conversava com as estrelas com os olhos cheios de lágrimas.
_ Se ao menos fosse escutada por um anjo... (ela disse)
_ Mas está! (Ela ouviu uma voz)
Procurou mas não encontrou o dono daquela voz e parecia loucura, mas parecia ter vindo de cima.
_ Quem é você? Ela disse.
_ Eu? Ora linda menina com os olhos em pranto, sou teu anjo.
_ Teu anjo da guarda que te cuida e te guarda.
_ Anjo? Eu tenho um anjo?
_ Sim, linda menina cheia de encanto.
_ Onde tu estás? Se for verdade, apareça!
_ Aqui, sentado na sua estrela...
_ A mesma que tu conversas toda a noite. De forma inocente e doce. A mesma que presencia em silêncio tuas lágrimas. Aquela que você mais gosta. A Estrela Dalva.
_ Ela firmou teus olhos ainda molhados e notou que realmente na sua estrela tinha algo.
_ Vem, meu anjo alado! Ela gritou.
Ouviu um leve bater de asas e percebeu alguém ao teu lado que chegara e enxugara suas lágrimas.
_ És tu, o meu anjo alado?
O anjo apenas sorriu e acenou com a cabeça.
A menina pediu um abraço e seu pedido foi atendido Sentiu nas costas do anjo um par de asas alvas.
_ Essas asas te levam ás estrelas?
_ Sim, e também aos teus sonhos.
_ Mas sempre achei que conversar sozinha com a estrela minha era loucura...
_ Não. Não é. E gosto das poesias que sussurra com leveza e doçura.
_ Ai meu Deus! Você as ouve?
_ Claro e as adoro!
A menina olhou então profundamente em teus olhos:
_ Te amo doçura! E sempre estarei ao teu lado!
_ Também te amo, meu anjo alado!
E ambos sorriram e se entreolharam, com os olhos marejados...
MARIO ALVIM