O ESTILHAÇO DE CADA UM!
O ESTILHAÇO DE CADA UM!
A poeira tomou o seu lugar,
A areia da ampulheta caiu,
O passado é estória morta
E a mão pesada esqueceu.
O coração ferido ainda bate,
Os neurônios anotaram fatos,
A poeira tudo escondeu
E o rosto ferido ainda arde.
Todos nós temos estilhaços,
Alguns na cadeia genética,
Poucos têm estilhaços de fato
E muitos têm os doidos da alma.
São fantasmas silenciosos,
Escondidos sob a poeira,
Esperando a chance do ataque
E no movimento causar a dor.
Um lampejo, um sonho é o gatilho,
O estilhaço corre cortando tudo,
Causando desconforto físico
E nos desesperado levando a morte.
O estilhaço da morte não tem retirado,
Tem aceitação, entendimento, catarse;
No RX da alma eles são sanguessugas,
Enfraquecendo e eternamente punindo.
O estilhaço da alma nós molda,
Também nós mata, nós vicia,
O teimoso ou seria corajoso o encara
O expõe ao mundo e da a cara à tapa
O covarde se embebeda e droga.
A escolha entre expor o estilhaço
Ou esconde-lo é o que definira o final da historia.
André Zanarella 20-08-2012