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Dias



Um a um, qual gotas esparsas,
Perfume de nuvem branca
Nas asas das garças
Que passam,
Penas que caem
Até que estanque o voo.

Pétalas roxas
Caídas do vaso de violetas.
Lagarta passando, lentamente,
Corpo em ondas sinuosas
E de repente,
-Passou!

Colar de contas enfileiradas,
Como os passos calculados
De uma jornada...

-Arrebenta,
Caem as contas,
Espalham-se,
Fio pendurado
Pendendo no vazio.

Nenhum sinal,
Nenhum aviso,
A brisa soprada que ergue a pluma
Arrancada
De uma asa que há muito
Não mais existe,
Mas fica a pena
(Da asa e da vida).


Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 14/07/2013
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