PLUVITERNIDADE
A Marilene dos Santos Soares
Ainda me ouvirás na última
flauta do dia quando eu já
serei no vento pão, saudade
ou alegria. Em ti estarei
como um relógio marcando o
(in) finito tempo do teu ser.
Renascerei em ti com meu poder,
e poderás me olhar intensamente
porque serei teu olhar, tua
condição de ver e ver-se. E darás
meus frutos, saibas. Porque abrir
em ti como uma árvore, só falta
a chuva cair sem sua água.