VEM!
Vem me arranha
na manha,
abocanha
meu eu,
sou todo seu.
Ganha, lanha
meu corpo,
quebra o orgulho
e dá um mergulho
pra dentro de mim,
se assanha
gata selvagem,
me explora
na misteriosa viagem;
Implora
meu gosto,
devora
agora,
não chora,
sou seu,
vem!
Socorre meu lado
esqueça o pecado,
sou bicho cativo
sou ar
vulcão inativo;
Vem me arranha
na manha,
abocanha
meu eu;
Vem!
Eterniza o que é seu.
ANDRADE JORGE
20/09/06