Silhuetas
São silhuetas apenas
Brincando de oferendas
Entre a luz e os lençóis
Num ritual de imaginação
Imagem de um amor perdido
Decomposto em um templo vazio
Onde dois corações tardios
Perderam a claridade dos vitrais
Não há mais nada
Que possamos fazer aqui
O amor é uma criatura rebelde
Que fugiu dos nossos braços
Desde ontem
Amanhã, espero
Que um pássaro me acorde
O cão amigo faça algum ruído
Um cavalo veloz me sirva de montaria
Até nunca mais