Ode ao amor mítico
Qual cupido que, em dardos flamejantes,
segaste o teu coração?
Não enxergas mais além do teu amado,
pois o transformara em um porto seguro.
Percebei, amada,
os sinais de tão nobre amor retribuído,
pois não há nada, de tão agraciado,
que um coração à espera de complemento.
Não que houvera roubo,
mas incompletude das mãos do Divino Artífice
e que a pequena criatura alada
responsabilizasse de unir.
Foi assim, então,
que, pela voz do Divinal Artista,
obedeceu o mítico anjo e,
com setas ardentes, uniu amado e amada
e, hoje, dizem: somos um.