UMA DAS VERDADES
Tenho como certo o Dia que não virá...
O dia com suas mãos verdes, sua coxa de água,
Sua pluma vertigem.
O tempo aprendeu a esconder coisas
E esconde nossa alma de nós
E as manhãs de si mesmas.
Arpoá-lo é preciso.
Não como se fere a baleia – inseto inofensivo –
Mas como se fende a mulher
Deitada na areia ao longo das teias estelares.
Ou a um cão perdido em seus caninos infantis.
Precisamos deitá-lo para a curra do Milênio:
E o Dia saltará feito um seio amarelo.