E O MAGO DECRETOU
Ruas de fogo resultam curvas
nos abismos pessoais,
quando por cima dos óculos negros
a cartola esconde a máquina do tempo
na parafernália de olhos
que registram as quedas
e as degustadas misérias das irracionalidades
e dos avatares potencialmente lúdicos
Nas tubulações do delírio
patagônicos campos de flores
cheiram à mendicância cósmica,
e a barra pesada é a saudade do maldito
aonde a mecânica é a única liberdade
que se conquistou,
quando a imensa chama do isqueiro de roça
é uma dançarina do ventre em noite de bruxa
servindo o cérebro do guerreiro derrotado
com os pulsantes morangos da crueldade,
no momento em que o ônibus do estilo e da definição
abre as portas e tudo o que há lá dentro é esquecimento,
e o mago decretou que a estrada qualquer que seja
é a celebração do raio,
no mundo trucidado dos que sem nome e sem moradia
marcam a passagem assinando com violência
ao que não sabem, mas sangram o destino ao longo da via