2013 – século XXI
2013 – século XXI
Não quero aplausos,
tampouco, as vaias
Quero, antes, o silêncio
e o olhar de surpresa
Não trago a identidade
Exponho alguns logos,
logo, quero as reticências
e uma vida reticente
Não me procurem ali
geralmente, estou alhures
Meu lugar é entre-lugares
e o meu mundo é sempre
Aplausos!
Vaias!
Apanhem logo as pedras
e, sem pena, arremessem
Só não quero a catarse
e nem a ressaca da moral
Meu passaporte sou eu
Meu mundo é interior
Não há capital, nem o capital,
muito menos, contingentes
Olhe-me logo e fixamente
pois, eu me perco de vista
Lá vou eu com mais “eus”,
sem vida e morte – só
Vaias!
Aplausos!
Mário Paternostro