À espera do novo dia
Sou aquele que espera, num sorriso,
A chegada de um dia diferente
Quando então os mais simples, simplesmente
Tomarão seu lugar no paraíso
E os soberbos, diante do Juízo,
Vão lograr seu tributo de opressor.
Cairá em desonra quem não for
Um autêntico servo da humildade
Só ali é que um júri de verdade
Julgará quem humilha o sofredor.
Sou do tipo que espera confiante,
Porque sei que esse dia vai chegar.
Já se vêem prenúncios pelo ar
E este ciclo se fecha, agonizante,
O seu fim parecia tão distante
Mas o tempo com todo o seu rigor
Não respeita capanga nem doutor
Nem barganha ou bajula seu “aspone”;
Não tem cria, nem cúmplice, nem clone
Que consiga livrar tal opressor.
Aproxima-se o dia... quem padece
Certamente é quem mais implora urgência...
Aos aflitos, Senhor, daí paciência
E alento a quem sofre pelo estresse;
É por nós, que Vos peço, e que essa prece
Também seja estopim renovador
Cresça em nós a coragem e o amor
Para estarmos acima dos tropeços
Dai-nos hoje, Senhor, um recomeço
E livrai-nos de vez desse opressor.
Não nasceu certamente o novo dia
e antecipo meus votos aos amigos:
que a saúde e a paz sejam abrigos,
que o amor possa ser o nosso guia;
e que Deus também dê sabedoria
para quem já se sente perdedor.
Que os bons ventos nos soprem a favor
e que nasça a semente da esperança
que nos dê redobrada confiança
e saibamos ser gratos ao Senhor.
Éver Silva - São Paulo, 09.07.2013, às 3h43min