A TEMPESTADE por Danka Maia
Eu venho vento,eu venho tudo!
Reviro o mundo, crio caso.
Eu te completo
E te desfaço,
Para isto?
Só careço de um mero segundo.
O teu telhado,
De vidro quebro,
De telha acabo,
De emoção vivo,
Eu sou o que ameaço.
E tu imploras,
E rogas a minha ida,
Mas de partida,
Jaz nos teus olhos,
Eu te invoco,
Porque te preciso,
Amada minha.
Te dizem sei,
Tu és um louco!
Sou Dona da tua voz,
Dos teus desejos submetidos ao meus pés.
És meu capacho?
Tu negas,
Relutas,
Empenhas,
Mas sabe que és.
No meu mar não há ondas,
Sou eu quem as faço,
No meu caminho não há raios,
Sou eu quem os traço,
A minha voz é rouca,
A tua fica louca,
Quando sente-se aos meus pés.
E o vento,
Este sucumbe,
Ah não te deslumbres,
Posso ser tua amiga,
E sei ser a tua perdição.
Sei virar tua cabeça,
E posso te levantar do chão,
Eu tenho idade?
Endereço?
Sou novidade?
Não.
Eu tenho nome e sobrenome:
SOU TUA TEMPESTADE!