Poema ácido
Há aqueles que troçam
sobre o mal da ignorância.
Exploram sua vertigem
riem-se da frágil existência
de seus rebentos.
Há os que trotam
sobre a terra incólume.
Promovem o estar natural das coisas
subjugando-se à mesma vontade
que guia os ventos.
Quem dirá civilizada
a troça de seus iguais?
Aquele que o solo toca
com mãos corrosivas
minguando sua delicada perfeição?
Quem são pois, os selvagens?