Pingo d Água
Lá fora...
Folhas e árvores,
Num encontro do vento que faz valsar.
Na choça de palha,
Pelejando de vagar,
Gotas e gotículas caem sem parar.
Como marcha harmônica,
Regidas sob a sinfonia dos pássaros;
Ameaçam, ameaçam e começam a embalar,
O descanso dos senhores do lar.
Vai, vai;
Cai,cai,cai;
Sai,sai,sai,sai...
Vem a chuva.
Que forma o brejo temporário,
Renovando as vidas que reunidas,
Esperavam a alegria voltar.
Sangrando, sangrando,
A chuva entranha na essência,
Que disletagia a alma;
Que purifica e acalma,
Fazendo falar em línguas,
Cujas notas instigam,
Pássaros à poesias;
Crianças a fantasias;
Idosos a nostalgia...
Flores a iluminar e esse mundo, as vezes, absurdo a acordar para amar.