Os Infortúnios de Pigmalião
Que imagem mais perfeita, uma obra de arte
Esculpida com o mais belo marfim do escultor
Era tão bela que nenhuma mulher de verdade
Comparava-se a obra prima do autor
Era tão exuberante a sua perfeição
Que até os olhos duvidavam da clareza
Pigmalião começou a demonstrar afeição
Pela a estátua que o olhava com frieza
Endoidecido de amor só pensava em sua escultura
Trazia brincos, anéis e colares para coloca-lo em seu peito
Acalentava a sua cabeça em macios travesseiros cor de purpura
Chamando-lhe de esposa e colocando-a em seu leito
Chegara o festival de Vênus, vítimas eram oferecidas
Pigmalião angustiado solicitou aos deuses um pedido
“Deuses, vós que tudo podeis, fazei que minha escultura viva”
Vênus ali presente realizou o exigido
Chegara a casa e fora ver a sua estátua de marfim
Deu-lhe um beijo e sentiu os seus lábios quentes
Não acreditava que os deuses sorriram assim
E voltou sentir novamente os beijos ardentes
Não imaginava que aquele corpo frio estava agora radiante
Abraçava a em seu corpo para confirmar a incerteza
Beijava a loucamente como um amante
Aquela obra prima que era agora obra da natureza
Vênus que tudo observava abençoou as núpcias do casal
Pigmalião de tão alegre com oração agradecia
A sua obra prima não era mais artificial
E o seu amor estava em uma mulher que surgia