Os Infortúnios de Pigmalião

Que imagem mais perfeita, uma obra de arte

Esculpida com o mais belo marfim do escultor

Era tão bela que nenhuma mulher de verdade

Comparava-se a obra prima do autor

Era tão exuberante a sua perfeição

Que até os olhos duvidavam da clareza

Pigmalião começou a demonstrar afeição

Pela a estátua que o olhava com frieza

Endoidecido de amor só pensava em sua escultura

Trazia brincos, anéis e colares para coloca-lo em seu peito

Acalentava a sua cabeça em macios travesseiros cor de purpura

Chamando-lhe de esposa e colocando-a em seu leito

Chegara o festival de Vênus, vítimas eram oferecidas

Pigmalião angustiado solicitou aos deuses um pedido

“Deuses, vós que tudo podeis, fazei que minha escultura viva”

Vênus ali presente realizou o exigido

Chegara a casa e fora ver a sua estátua de marfim

Deu-lhe um beijo e sentiu os seus lábios quentes

Não acreditava que os deuses sorriram assim

E voltou sentir novamente os beijos ardentes

Não imaginava que aquele corpo frio estava agora radiante

Abraçava a em seu corpo para confirmar a incerteza

Beijava a loucamente como um amante

Aquela obra prima que era agora obra da natureza

Vênus que tudo observava abençoou as núpcias do casal

Pigmalião de tão alegre com oração agradecia

A sua obra prima não era mais artificial

E o seu amor estava em uma mulher que surgia

Kaynne
Enviado por Kaynne em 08/07/2013
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