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Minha Vida


Nada muito grande,
A minha vida.
Pode ser, por todos,
Ignorada,
Deixada de lado, esquecida,
Pode acabar-se de repente,
Nalguma esquina perdida.

Basta que alguém puxe uma alavanca,
Ou quem sabe, acelere,
Ou aquele encontro em Samarcanda?...

Um quase nada,
A minha vida.
Frágil sopro distraído
Que saiu da boca
De um deus cansado
Enquanto ele suspirava!

Foi como surgiu o universo:
Um simples espirro,
E veio um verso
De um poeta entediado.

É assim, a minha vida:
Nada tão importante,
Ou relevante,
Que morre ao fechar dos olhos
Na beira de cada noite,
Como um simples talho
Que corta um fio.

Mas desperta toda manhã,
Nas gotas de orvalho.

Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 08/07/2013
Reeditado em 08/07/2013
Código do texto: T4377839
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