Veneno do tempo

Mordo as beiradas do tempo

trituro com dentes de aço

cerco com arame farpado

os caminhos insólitos.

Protejo-me.

Desvio-me.

Em vão tento libertar-me.

E paredes de sonhos aprisionam-me

em braços tecidos com teias eternas.

(aranha, arranha, abocanha-me)

Veneno do tempo, prisão de ferro.

Fran Souza
Enviado por Fran Souza em 08/07/2013
Código do texto: T4377260
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