A cura
Sou abismo, perdi o medo de nele afundar.
Saindo do emaranhado, relevando pensamentos.
Esquecendo os céus, distanciam-se as estrelas.
Não quero os ventos soprando...
Sou um faminto rachando ao sol.
Tentando sem conseguir esboçar alegria.
Preciso encontrar o manual da poesia,
para escrever o que sinto, sem agradar.
Poderia abordar outros temas,
a poesia de um amor louco afronta...
O existir incomoda, deixar de lado, dilemas.
Sem o guia, é perder-se, é ir parar bem distante.
Um asilo para velhinhas loucas lhe aponta!
O melhor é seguir em frente, sem olhar para trás
à revelia do mundo! Até encontrar a cura.