A CONCHA E O LIVRO

Eu quero o silêncio absoluto
da concha imaculada
que adveio de origens brumosas,
de distânicas não medidas.

Eu quero a mudez total
das letras que dormitam
no livro fechado pelo tempo,
repousando em páginas amareladas.

Eu quero entender a concha
em sua espiral desafiadora
cheia de eco de uma época.

Eu quero saber das letras
o som maravilhoso das palavras
que se libertarão com minha descoberta.



Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 07/07/2013
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