História

Eu já achei que iria morrer, algumas vezes.

Primeiro dia de aula, quando chegava tarde em casa e a mãe esperava, telefone que não toca, na prova que não estudei.

No dia que um grande amor partiu... tive certeza ;

Maldita matemática.

Quando precisei pedir desculpas, porque errei. Ou ora decepcionada..ora decepcionei.

Fui sendo tijolo em minha própria construção, me desviando, enfrentando temores, engenheira, sempre na contra-mão.

Mas chegou uma época que me rendi a todas as lutas, subumbi aos amores, esqueci os olhares, reneguei qualquer reprovação, as verdades se derrubaram de mim;

Deixei eu mesma ser quem sou. Ecoei. Me desprendi de tudo que podia ter sido, fui ver o que existia -lá fora- tomar o vinho, segurar o cálice do destino, sem me importar com o que diz...O próximo.

É confuso, eu sei.

E em cada estrada diversos valores, já não gaguejava seu nome, em toda queda no chão... nos beijos que não foram devolvidos.

Nos planos, nas frases-não era bem isto que eu queria- anuviada pelo vapor do chuveiro e edredon.

Gravam em mim tintas multicoloridas,

pedacinhos de perfumes, de promessas, de pessoas conhecidas, que acabam se confundindo em uma colcha de retalhos,

metaforizando, em vida.

Num mundo de pedra e tesoura, complicado ser papel...

H

i

s

t

ó

r

i

a

..