DO PÓ AO IMPÉRIO

É o jogo do conformismo

Cobiçando-te o fracasso

Prendendo seus pés no chão

Quando teu destino é o espaço

Um laço

De constante risco

Constrói o visionário

Arranhando o céu dos limites

Descartando o que é ordinário

As ideias do âmago ilimitado

Esbarram no murado externo

E o pensamento pronunciado

Transforma esporádico em eterno

O sonho de deixar legado

Do esfumaçado mistério

Movimenta a humanidade

Que do pó fez um império

De mãos dadas com o fiasco

Numa face degradada

Com os olhos altivos

E a certeza da incerteza imaculada

Da espada à escrita

Sobressaem-se os gênios

Que como as copas das árvores buscam o sol

E assim se vão os nossos milênios

Aos olhos de alguns, são lunáticos

Por estarem noutro escalão

Na mente livre dos limites estáticos

Mas fixa em própria direção

Engrenagens do tempo

Que só vento não movimenta

Tira das mãos humanas a força

Que da inércia se ausenta

A sombra ao espreitar o êxito

Consome a sede de arriscar

Mas a mínima faísca de coragem

Incendeia o desejo de tentar

Deperiret Sonus
Enviado por Deperiret Sonus em 07/07/2013
Reeditado em 07/07/2013
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