DO PÓ AO IMPÉRIO
É o jogo do conformismo
Cobiçando-te o fracasso
Prendendo seus pés no chão
Quando teu destino é o espaço
Um laço
De constante risco
Constrói o visionário
Arranhando o céu dos limites
Descartando o que é ordinário
As ideias do âmago ilimitado
Esbarram no murado externo
E o pensamento pronunciado
Transforma esporádico em eterno
O sonho de deixar legado
Do esfumaçado mistério
Movimenta a humanidade
Que do pó fez um império
De mãos dadas com o fiasco
Numa face degradada
Com os olhos altivos
E a certeza da incerteza imaculada
Da espada à escrita
Sobressaem-se os gênios
Que como as copas das árvores buscam o sol
E assim se vão os nossos milênios
Aos olhos de alguns, são lunáticos
Por estarem noutro escalão
Na mente livre dos limites estáticos
Mas fixa em própria direção
Engrenagens do tempo
Que só vento não movimenta
Tira das mãos humanas a força
Que da inércia se ausenta
A sombra ao espreitar o êxito
Consome a sede de arriscar
Mas a mínima faísca de coragem
Incendeia o desejo de tentar