A Ultima Poesia
Triste face sob a mascara
Das sombras, só, vivia
Jovens crianças se deparam
O que a história ocultaria
Crianças de faces pintadas
Seriam uma bela poesia
Perante a história ofuscadas
Em sonhos que não seriam
Máscaras no escuro dançam
A vela elucida a imaginação
Moças modelam tranças
Jovens exibem a criação
Rosas vermelhas sangram
Afrodisíaco sonho de sedução
Uma prova de que as amam
Mesmo longe do coração
Em frases sutis e belas
Moças tornam-se damas
Em poemas interpelas
Segredos de suas camas
No calor de seu momento
O prelúdio de cada fim
Nele criei o meu memento
Que escrevo só pra mim
A história como lembro
Guardo fundo em meu peito
Cada rito e cada templo
Levarei comigo ao leito
Recordo cada moça divinal
Suas tranças tão secretas
A quem não sabe é banal
Para mim, as mais seletas
Moças e jovens damas
Seus poetas e guerreiros
Cada conto em cada cama
Em meu poema derradeiro