Dos Invernos Infernos Presentes

Dos invernos infernos tão quentes

mas a última rosa ainda caliente

aquece meus sonhos a sós pela alcova

me prende aos anseios antes que me mova.

Dos infernos invernos tão frios

que congelam alguns sentimentos

e o que enfrenta a face é o vento

cortante, obstante pela manhã;

nascente e matutina com pássaros

na minha janela entreaberta

e meus olhares entre as cobertas

são visões de ti em nostalgia.

De um inverno o inferno solitário

e os sinos lá na torre do campanário

anunciam uma nova procissão

anunciam a aurora que vem concisa;

pois é tão áspero esse devaneio

de ter-te aqui, mas é insanidade

pois, em verdade a distância consome

no peito as paixões dos homens.

Do inferno um inverno no coração

e há dores reais entre alucinações

e há outros acordes entre as canções

e eu acordo e me despeço da noite;

e me despeço da última estrela

e me despeço dos meus desejos;

agora romperei os vizires dos versos

que se opõem a minha inspiração.

E lá bem longínquo uma esperança

e ela vem com flores e primaveras

e ela aquecerá meus jardins escassos

que cobrem as tumbas de algum amanhã.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 07/07/2013
Código do texto: T4375983
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