DEIXA FICAR COMO ESTÁ...
As tardinhas em que eu ia,
As noites em que vinhas,
Tão tuas e tão minhas,
Moradas tão nossas,
Tão cheias de fantasias,
Os beijos sempre novos
- os melhores!
E aquela sedução
Espreguiçando-se,
Ronronando,
Fazendo-se cama
Tapete
Rede
Balanço!
Tão improvável paixão,
Feita rio que se alarga,
Mar que traga,
Pororoca,
Torrente de impúdicos clamores,
Gêiseres aferventando a pele
E... ah!
Tatuagens de nossos gozos
Ficaram nas nossas vidas,
Atravessaram os anos.
Bastava um telefonema.
Os corpos já se aprontavam,
As vozes se enlangueciam,
No alvoroço se queriam...
Fazia-se o clima.
Abria-se o vinho.
Bebiamo-nos.
Ah, meu amor inconcesso,
Meu homem de algumas estações,
Dos momentos sem senões...
Tu bem o disseste um dia
E só agora confesso:
Sim, meu bem, é verdade,
Corta-me muito a saudade!
Entanto, não quero anulá-la.
Balada se fez e ainda dança.
Deixemos sem edição.
As tardinhas em que eu ia,
As noites em que vinhas,
Tão tuas e tão minhas,
Moradas tão nossas,
Tão cheias de fantasias,
Os beijos sempre novos
- os melhores!
E aquela sedução
Espreguiçando-se,
Ronronando,
Fazendo-se cama
Tapete
Rede
Balanço!
Tão improvável paixão,
Feita rio que se alarga,
Mar que traga,
Pororoca,
Torrente de impúdicos clamores,
Gêiseres aferventando a pele
E... ah!
Tatuagens de nossos gozos
Ficaram nas nossas vidas,
Atravessaram os anos.
Bastava um telefonema.
Os corpos já se aprontavam,
As vozes se enlangueciam,
No alvoroço se queriam...
Fazia-se o clima.
Abria-se o vinho.
Bebiamo-nos.
Ah, meu amor inconcesso,
Meu homem de algumas estações,
Dos momentos sem senões...
Tu bem o disseste um dia
E só agora confesso:
Sim, meu bem, é verdade,
Corta-me muito a saudade!
Entanto, não quero anulá-la.
Balada se fez e ainda dança.
Deixemos sem edição.
[para RLFF, em 2010]