Claudia
Enquanto o sol admirava e desejava Iemanjá
Nas praias de Itapuã, roubastes meus olhos
Só pra ti, cativo fiquei dentre teus trabalhos
Pelas pedras dos teus deuses beijadas pelo mar
Beber pra subir, descer pra comer, estava ali
Um risco de sangue escorre e rega a areia
Nos plantamos, sem mesmo termos frutificado
Ter aguardente por entre os dentes e sentir
Toda loucura que fizemos e cuspir em nós mesmos
Essa decência que nos falta, e voar
Pros braços da deusa, e adormecer na areia
Ninho de amor do sol e da lua, meu e seu
Toquem os tamborins, mais uma dose, mais um prazer.