LIMALHAS
Há vários nomes azuis colados no céu,
embaralhados no espaço e evidentes nas lembranças.
Servem-me tais nomes como matéria mor de vida
e com eles traço desenhos de linhas assimétricas.
Meu coração oferece a tinta vermelha,
Com penas, escrevo versos furta-cores.
Vou pisando o sal e afinando notas alteradas.
Enquanto esmiúço malogros, toso-lhes agudos cantos
Com esmeril suavizante das coisas tornadas lilases,
limpo limalhas dos meus olhos coloridos.
06.07.13
14:10