LIMALHAS

Há vários nomes azuis colados no céu,

embaralhados no espaço e evidentes nas lembranças.

Servem-me tais nomes como matéria mor de vida

e com eles traço desenhos de linhas assimétricas.

Meu coração oferece a tinta vermelha,

Com penas, escrevo versos furta-cores.

Vou pisando o sal e afinando notas alteradas.

Enquanto esmiúço malogros, toso-lhes agudos cantos

Com esmeril suavizante das coisas tornadas lilases,

limpo limalhas dos meus olhos coloridos.

06.07.13

14:10

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 06/07/2013
Reeditado em 06/07/2013
Código do texto: T4374825
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