VÃO
Um vácuo na multidão
de falas e malas e Pallas.
E continuo caindo
Soltando a mão.
Caminhando sem pés
trombei com o precipício.
E continuo caindo
com os pés ao chão.
O grito do silêncio
ecoa no túnel do tempo.
E continuo caindo
Sem som, nem vento.
O olho verde da cegueira
desfocou a lembrança.
E continuo caindo
no vão plano da distância.
Tropecei num vazio da mente
caindo em dúvidas permanentes.
E continuo caindo
e continuo caindo.
E continuo.