Digressão
DIGRESSÃO
Todas as tardes de verão
O sol morre em minha frente
Nasce a estrela precoce
Sugerindo-me devaneios ímpares
Minha imaginação sobrepõe-se a razão
Abrem-se as cortinas coloridas
Do palco da minha fantasia
Meu cérebro esvazia-se
Para encher-me o coração
Sinto-me incontinenti fisgado
Pelas ondas dos desejos carnais
Absorvo-me em prazeres úteis e fúteis
Imbuído de bons propósitos
Sigo a viagem tranquilo
Até quando o incontestável permitir-me
Pois só a enjeitada de todos
Poderá me arrebatar para sempre
Dessa comédia sem nomenclatura
Em cujo elenco sou protagonista
Onde interpreto tal qual a vida real.
“Quando descobrimos que erramos, estamos caminhando para a perfeição”.