DESÍGNIO
DESÍGNIO
Lá se foram as estrelas
Lá se foram as estradas
Não consegue mais vê-las
Nas intermináveis caminhadas
Toma o rumo sem rumo
Não se apruma nem há prumo
A vida foi-se
A morte foice
Chega de hipocrisia
Chega de mais valia
Chegou da verdade a hora
Uma mentira é senhora
Que fazes aqui
Projeto mau feito
Não pensas direito
O que é de ti
Vai de uma vez por todas
Humano desumano
Quero que tu se exploda
Nesse miserável cotidiano
És deus e satã
És nada
És fachada
És ausência de amanhã
Pega o caminho sem volta
Perdido sempre estiveste
Dispa-se de tuas vestes
E leva a tua escolta
Vai ao buraco raso
Volta ao pó
que é teu ocaso
Seu ente sem dó