DESÍGNIO

DESÍGNIO

Lá se foram as estrelas

Lá se foram as estradas

Não consegue mais vê-las

Nas intermináveis caminhadas

Toma o rumo sem rumo

Não se apruma nem há prumo

A vida foi-se

A morte foice

Chega de hipocrisia

Chega de mais valia

Chegou da verdade a hora

Uma mentira é senhora

Que fazes aqui

Projeto mau feito

Não pensas direito

O que é de ti

Vai de uma vez por todas

Humano desumano

Quero que tu se exploda

Nesse miserável cotidiano

És deus e satã

És nada

És fachada

És ausência de amanhã

Pega o caminho sem volta

Perdido sempre estiveste

Dispa-se de tuas vestes

E leva a tua escolta

Vai ao buraco raso

Volta ao pó

que é teu ocaso

Seu ente sem dó

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 04/07/2013
Reeditado em 04/07/2013
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