Amor de Lune

Num suntuoso salão,

pilares lindos sustentam um teto pesado,

adornado com pinturas de céu em dia bonito,

cerâmicas dourados fazem o seu chão,

são da cor da luz solar quando penetra a atmosfera,

o piano branco atraí toda a atenção da requintada plateia

Claude Debussy - Clair de lune é tocado,

todos se emocionam naquele triste salão

que se numa moldura seria uma bela natureza morta.

Longe deste salão há um casal

sabido de que o mundo não é nada belo,

pintando maravilhas com o pincel do amor,

que tudo faz com esmero,

desafiando a vida e sem medo da melancolia,

com a audácia que somente a paixão

ousa ter.

Clair de lune soa mais suave que nunca

na rica alma do coração dos que amam;

soa pungente e veemente,

mas nos tristes e vazios do altivo salão,

soa fria e distante.

Os olhos dos amantes fulguram a cada nota,

como pequenos sóis que se refletem um no outro,

Suas almas dão-se as mãos e percorrem os lindos campos floridos,

caminham com prazer nos boreal e austral polos,

mergulham os oceanos com a maestria da dança dos golfinhos,

suas auras se misturam nas vivas cores dos corais.

Clair de lune toca... para os apaixonados,

Clair de Lune choca os amargurados..

O casal não ouve a melodia do belo piano,

mas tocam suas notas nas vicissitudes do amor,

nos extremos da emoção.

Neste amor eterno,

Clair de Lune está sempre

no seu ápice,

sendo tema para quem não teme

a ânsia de amar.

Wédylon Rabelo
Enviado por Wédylon Rabelo em 04/07/2013
Reeditado em 27/12/2014
Código do texto: T4371956
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