UM AMANTE ATEU

Amo-te como um ateu

Que não cultivando um Deus

Endeusa a mulher amada

Com rituais secretos às tardes

E uma saudade gritante

No calor das madrugadas

Onde o suor das lembranças

Banham um corpo em solidão

E o céu beija os lábios do inferno

A descrença é pura ilusão

Pois aos santos e deuses

Clamo por Afrodite

Com minha poesia emudecida

A contemplar a inspiração.

JOÃONINGUÉM
Enviado por JOÃONINGUÉM em 04/07/2013
Reeditado em 04/07/2013
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