Um Olhar Pela Fresta do Tempo

Me achego no parapeito da varanda

e debruço na janela da beira do mundo

perante magnânimas estrelas vermelhas

e azuis como os olhos que me fitam serenos.

Agora sou vazio mas, há plurissignificação

nos pensamentos que vagam vadios

e, no sorriso do seu rosto uma esperança

e, no peito em nostalgia uma lembrança;

de um outro tempo, de um beijo e a despedida

da vida e da morte, mas o que fica é consciente

e, o onisciente habita a alma e o coração

e nos faz imagens e semelhanças dessa paixão.

Me achego na beira do abismo do espaço

e daqui me entrelaço a essa luz cósmica

que é o gérmen das coisas formidáveis

que é a semente do corpo e da mente.

Agora já não há mais temeridades

somente eu e você tal qual centelhas

voando pelas veredas tão verdadeiras

de uma existência de eternidade e integração;

a um outro tempo, a um outro momento,

onde fundimo-nos como o aço dos imortais

e fomos empunhados pelas mãos divinas

na batalha derradeira entre o bem e o mal.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 04/07/2013
Código do texto: T4371388
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