Dias de crise

Dias de crise

Onde do cinza brota

A esperança morta

Disfarçada no sonho

Na imaginação das coisas

Absurdas e impossíveis

Nuvem que não cessa

Que para o socorro,

Não tem nenhuma pressa

Se vivo ou se morro

Ao mundo não interessa

Se por um lamento aqui discorro

Percebo que o tempo passou

Por que a comida há dias fria

No meu prato já se estragou

A luz elétrica encerrada

Bem depois que a luz de minh'alma

Faz alegoria a minha sombria morada

O tempo passa, preso aqui

Presa da realidade, maldade!

Foi na era da felicidade

Que descobristes que existia

Mesmo caindo em crise todo dia

"Ser feliz" foi o que chamaram de verdade...