Predicado sinestésico
aquele era um azul
no imenso luar dos teus olhos cor verde
que difundiam as núpcias
o emaranhado dos teus cabelos
e teciam uma bota só.
o latifúndio dos teus papéis
e a desgraça das princesas
é que a denunciavam no tom de oceano
condenando o giro
que percebeu que de divino,
divino mesmo era se pintar.
não só o revibre da dança,
não só na terra sem esperança,
mas no circuito do feito,
que de feito mesmo, nem ele está.
Porque nem de pão o viverá o homem
mas de toda abstração que se procede entre os céus e a Terra.