Desventura

Um dia de inverno, tão gélido

Quanto a desperança que reluta no intimo

E se liquefaz em lágrimas nas madrugadas.

Não tenho tido forças, perdoe-me!

Perdoe-me por sentir sem sentido...

Por este querer,assim, desordenado,

Pelo pranto indevido,

Inconveniente...Por vezes,omisso.

Perdoe-me... é tudo que tenho a dizer!

Que não me falte culpa, nem pesar.

Absolva-me, embora não faça por merecer.

Mato minha fome sem ter paladar...

Refresco-me com água salgada,

E afogo minhas mágoas no mar.

Seria a minha vida infortunada?

Não sei!

Nesta hora tão vã,

Que corram de mim as palavras...

Karoline Correia
Enviado por Karoline Correia em 02/07/2013
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