Chá Das Quatro
Domingo, o sol das quatro arde nas calçadas;
E as pequeninas formiguinhas correm a desesperadas.
Um caminhão lotado de batatas
Passa apressado e leva com ele algumas operarias.
Fito o azul celeste e nem nuvens e nem Urubus aparecem.
Fito agora a serra surrada que fica defronte, mas bem distante de minha casa.
Que desgraça! Acabaram com a mata.
Quatro e quarenta e quatro: Parece que o sol não vai mais se deitar.
O céu continua limpo, é castigo de algum Ser Divino.
Nenhuma brisa para aliviar-nos, nenhum pássaro de revoada, só a mesma pouca esperança.
E arde a coitada da calçada...