Chá Das Quatro

Domingo, o sol das quatro arde nas calçadas;

E as pequeninas formiguinhas correm a desesperadas.

Um caminhão lotado de batatas

Passa apressado e leva com ele algumas operarias.

Fito o azul celeste e nem nuvens e nem Urubus aparecem.

Fito agora a serra surrada que fica defronte, mas bem distante de minha casa.

Que desgraça! Acabaram com a mata.

Quatro e quarenta e quatro: Parece que o sol não vai mais se deitar.

O céu continua limpo, é castigo de algum Ser Divino.

Nenhuma brisa para aliviar-nos, nenhum pássaro de revoada, só a mesma pouca esperança.

E arde a coitada da calçada...

Xandy Bernardo
Enviado por Xandy Bernardo em 30/06/2013
Reeditado em 30/06/2013
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