MÚSICA, MAESTRO!
(À memória de Fernando Lopes-Graça)
Tímbales, oboés, raivas e gritos,
trompas, fagotes, flautas, clarinetes,
estremecem o ar como foguetes
e instilam-me no sangue sons aflitos.
Seres agrilhoados e proscritos,
torturados por tubas e trompetes,
saltam de catapultas e arietes
transformados em pássaros malditos.
Porém, quando transpõem as escarpas
violoncelos, violinos e harpas,
logo as forças retomam a viagem
e, aos acordes finais, em ré menor,
tranportam vida, vento, luz, amor,
e um projecto de esperança na bagagem.
(À memória de Fernando Lopes-Graça)
Tímbales, oboés, raivas e gritos,
trompas, fagotes, flautas, clarinetes,
estremecem o ar como foguetes
e instilam-me no sangue sons aflitos.
Seres agrilhoados e proscritos,
torturados por tubas e trompetes,
saltam de catapultas e arietes
transformados em pássaros malditos.
Porém, quando transpõem as escarpas
violoncelos, violinos e harpas,
logo as forças retomam a viagem
e, aos acordes finais, em ré menor,
tranportam vida, vento, luz, amor,
e um projecto de esperança na bagagem.