Ousa-dia


O dia quer seu prazer,
Esfrega sua luz sobre os montes
Que passivos, a recebem,
Espalhando-a sobre a terra.

As águas lambem as pedras,
As aves abrem suas asas
E voam para os cumes altos,
Numa entrega desenfreada.

A manhã explode em vermelhos,
Que após o êxtase, tornam-se 
Rosados tons de açúcar.

E eu fico qual voyer,
Por trás de minha janela
Enquanto a vida copula.

Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 29/06/2013
Reeditado em 29/06/2013
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