Ousa-dia
O dia quer seu prazer,
Esfrega sua luz sobre os montes
Que passivos, a recebem,
Espalhando-a sobre a terra.
As águas lambem as pedras,
As aves abrem suas asas
E voam para os cumes altos,
Numa entrega desenfreada.
A manhã explode em vermelhos,
Que após o êxtase, tornam-se
Rosados tons de açúcar.
E eu fico qual voyer,
Por trás de minha janela
Enquanto a vida copula.