HOMENS
HOMENS
(Fabio Henrique Salaroli)
As crianças brincam.
O sol acalanta.
O jogo é jogado e a solidão me assusta.
É o leme nas mãos da serpente, que
já não dorme mais.
Nas entranhas a serpente, e dentro
de mim um susto.
O definhar amedronta; é hora,
é hora de brotar; o sol ajuda e a
serpente desliza.
As crianças brincam as mil e uma
aventuras, o sol explode sorridente,
a serpente é vida.
Na cabeça a história, a crença...
Nos olhos a repetição, e nas mãos o
toque leve, macio e sereno:
o acordo para o acordar.