Monturo

Eu sinto que o tempo

Chegou,

Que a vida não é plena

e minha fome é voraz,

Sinto o céu negro

E assombrado na carne

O tédio inviolável de ser

A fauna cripta que alerta

E o soco que o estômago

Me atravessa...

Eu sinto essa margem que

Me despreza e pressinto a

Outra que corteja

Eu sou do rio seu aluvião

Impuro, seu alagado fervido

E seu leito de prurido

Claustro de grade, monturo

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 28/06/2013
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