Monturo
Eu sinto que o tempo
Chegou,
Que a vida não é plena
e minha fome é voraz,
Sinto o céu negro
E assombrado na carne
O tédio inviolável de ser
A fauna cripta que alerta
E o soco que o estômago
Me atravessa...
Eu sinto essa margem que
Me despreza e pressinto a
Outra que corteja
Eu sou do rio seu aluvião
Impuro, seu alagado fervido
E seu leito de prurido
Claustro de grade, monturo