Inverno
esquece a razão por um momento
aperta o play e parou o tempo
escutando aquela música da Gal
você sabe qual
a letra é pra você, sabes
ando meio aturdido, dores
busco escapes do teu reino
mas as pernas marcham reto
na tua direção, tua gravidade
me puxa pelo coração, saudade
a morte é o dia sem te ver.
fatalidades cotidianas
histórias mal contadas
camas desarrumadas
mentes atormentadas
eu preciso ser sincero
sim, sim, eu quero
eu larguei o meu orgulho
eu peguei papel, caneta
pra escrever o meu barulho
pra eternizar nessa palavra
a marca da minha mágoa
que é só te ter em fantasia
aquele quem eu queria.
talvez eu tenha exagerado
ao perdoar-te cegamente
depois de ser tão enganado
tenho andado descrente.
mas de uma coisa só eu sei:
o quanto que eu te amei
não cabia em mim de tanto
transformei então em pranto
nas folhas deste caderno
que guarda todo o inverno
e congela o amor, eterno.