Vocalizes
Distante um braço
Acompanha-me a morte
Como anjo da guarda
Fiscal de entranhas
Seco de luz
Sono marulhos d´água
Olhos descansam
Dormem em ponta de faca
Quanta poesia na morte do cão
Perto da margem
Sibilam elísios de ácido
Compasso riscado na borda do tempo
Hoje é o dia
De todas manhãs
Festa,
Teu canto lamúria
É canto espúria
Nasci
Versário
Cada passo
repasso álbum destinatário
Felicidade verniz
Fosca realidade
Aprendiz dos dias incógnitos
Apraz solidão passaredos
Visão de colinas
Ondas verdes
Desses dias de quem sou
Imortal enquanto vivo
Digo a mim
Das flores aos túmulos
Carcereiros de serpentes
gentis como lama
Mas eis fogo libertário
Em minha sobeja eterna infância
Memórias soltas
Flutuam no adeus
Inocentes crianças
De todos os momentos
A engolir esfomeado
Tempo presente
É prato contado
Agora
A um braço da eternidade
Estou do lado de fora
Aceno como um cego
Confiante como náufrago das estrelas
Vozes no lago sussurram veleidades
E o látego da vaidade
Bate...
Bate...