O GIGANTE HIBERNA!

Passando pelo passado,

Negando o aceitável do presente.

Transmutando as ciências do mundo

Em esperança para com essa gente.

Invadindo, por vezes, o pessimismo.

Rendido, outras tantas, pelo mal acometido.

Entristecido.

Silenciosamente, agredido.

Minha vontade:

Tentar findar bondade na perversidade da mediocridade.

Vontade de minha vaidade:

A fecundidade da unidade dentro do massacre.

Essa não violência, essa náusea que grita sem partidos,

Essa ditadura sorrateira que branda morbidamente paz.

Quem tem olhos para a liberdade chamar-lhe-á;

Imundice envernizada pela nacionalidade.

A luta diz paz?

O Gigante não acordou!

O Gigante hiberna!

O Gigante não quer olhos.

Não quer voz.

Só quer pernas!

O Gigante hiberna!

Volta e meia levanta como um sonâmbulo

Falando do que não sabe, dizendo ser uma nova era.

Visto que o que tem são apenas pernas.

O Gigante hiberna.

Ramon Catarse
Enviado por Ramon Catarse em 25/06/2013
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