O POVO NAS RUAS
 
Eu vejo um rio desaguando na praça
Arrastando uma informe massa,
Que parece uma força sem rumo.
Ela estava há tempos represada,
Naquela barreira que é chamada
De filosofia de consumo.
 
De tempos em tempos, esse rio
Cujo leito os políticos mantém vazio
Libera a força das suas águas.
Elas se acumulam durante o estio,
De homens e líderes sem brio
Que não ouvem suas mágoas.
 
São represas que foram construídas,
Com o material das mentiras urdidas
Por um sistema político articulado.
Então o povo sem uma liderança
Vai perdendo a fé e a esperança
E acaba ficando alienado.
 
Mais eis que um dia a represa rompe
Pois por mais que a pessoa compre
Ela só consome o fundamental.
Quando é o produto que não presta
O povo pega o que ainda resta
E vai vomitar o que lhe faz mal.

Pois quando a massa desperta
Uma porta logo fica aberta
Para grandes trnasformações.
Nesse momento a bandalheira
Desses políticos sem bandeira
Vira para eles assombração.


É por isso que elas estão nas ruas,
Denunciando todas as falcatruas
Dessa maldita corja politiqueira.
Tremei, ó vós que enganais o povo,
Pois agora é o vosso próprio ovo,
Que queima na frigideira.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 25/06/2013
Reeditado em 28/06/2013
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