QUER BALA, MOÇO?

Com a roupa rota e a pele suja

vende balas na esquina.

Seu estômago dói,

a barriga vazia ronca (até mais que os motores dos carros)

O sol forte queima a visão de um amanhã

e o hoje não lhe cai bem.

Seus sonhos, há tempos, foram roubados...

Caminha descalço nessa estrada sombria da desigualdade

já sem nenhum brilho no olhar.

Flávia Martin
Enviado por Flávia Martin em 03/04/2007
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