QUER BALA, MOÇO?
Com a roupa rota e a pele suja
vende balas na esquina.
Seu estômago dói,
a barriga vazia ronca (até mais que os motores dos carros)
O sol forte queima a visão de um amanhã
e o hoje não lhe cai bem.
Seus sonhos, há tempos, foram roubados...
Caminha descalço nessa estrada sombria da desigualdade
já sem nenhum brilho no olhar.